Falar sobre previdência privada suscita, quase automaticamente, um pensamento relacionado à aposentadoria. Desde 1997, porém, a previdência para menores de idade existe e vem crescendo em números de clientes, devido às vantagens que apresenta.
Segundo estudo realizado pela primeira empresa a lançar planos de previdência para menores, nos últimos cinco anos, tanto o número de clientes como o número de planos da companhia cresceram 22%, ao mesmo tempo que o tíquete médio evoluiu 31%, saltando de R$ 100 em 2010 para R$ 131 em julho deste ano.
A opção, porém, ainda é pouco escolhida se comparada à caderneta de poupança. Um estudo divulgado há pouco mais de um ano pela Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), mostra que 97,3 milhões de pessoas investem na caderneta de poupança, enquanto apenas 6,8 milhões o fazem por meio de outros produtos geralmente oferecidos pelos bancos e corretoras. Segundo especialistas entrevistados pelo DCI, isso acontece porque o brasileiro médio carece de mais educação financeira e apenas uma pequena parcela da população possui cultura de poupar dinheiro – quem tem, conhece apenas a poupança.
Nesse contexto, a opinião do educador e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos, é a de que no Brasil, as gerações mais velhas não aprenderam a poupar. O professor de finanças da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Mario Amigo, concorda. Para ele, a previdência privada é um produto que demanda conhecimento em finanças e entendimento sobre os benefícios de um investimento em longo prazo, afirma.
Objetivos
O maior objetivo dos contratantes da previdência para crianças é a garantia da educação profissionalizante, ou seja, trata-se de um investimento em longo prazo.
Segundo Domingos, é exatamente por isso que a previdência privada é a melhor opção para beneficiar jovens, já que, nas palavras dele, esse é um investimento que só faz sentido se mantido por pelo menos dez anos. A intenção de manter os recursos investidos por um longo período foi detectada pelo estudo, pois 60% dos contratantes optam pela tabela regressiva. Nessa opção, o imposto aplicado no momento do resgate do dinheiro diminui conforme o tempo de aplicação de cada aporte (pode passar de 35% para 10%, após dez anos).
Segundo os especialistas, fazer investimentos em previdência privada está diretamente ligado à construção de uma educação financeira dentro das famílias.
A gerente de inteligência e gestão de Clientes desta empresa, Soraia Fidalgo, acredita que os pais (que representam 90% dos contratantes) consideram importante a questão da disciplina, já que é exigido deles que depositem determinada quantia no mesmo dia de todos os meses. Domingos concorda, afirmando que brasileiro gosta de coisas que o eduquem e o disciplinem.
O professor Mario Amigo acredita ainda que, paralelamente, a previdência permite também incentivar a educação financeira da criança. O pai pode aproveitar para discutir com o filho a importância da poupança. É importante o jovem entrar no mercado de trabalho já com essa consciência, afirma o especialista.
Como funciona O contrato pode ser feito em duas modalidades: Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) ou Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
O PGBL é para os que declaram Imposto de Renda pelo modelo completo. Nesse plano, atrai a possibilidade de ter o valor da aplicação deduzido no Imposto de Renda, até o limite de 12% da Renda Bruta Anual, desde que contribuía para a Previdência Social.
Já o VGBL é para quem declara o IR no formulário simplificado ou não tem menor como dependente econômico na declaração. Aqui, é possível que a incidência do Imposto de Renda seja apenas sobre os rendimentos, conforme o tipo de tributação escolhida. O beneficiado pelo plano de previdência pode retirar o dinheiro a partir dos 21 anos.
Fonte: DCI – 10/11/2014
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