A partir de 31 de janeiro passa a ser obrigatório em todo país o uso da Placa do Mercosul. O prazo foi estipulado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) desde julho do ano passado e determina o novo padrão das Placas de Identificação Veicular (PIV).
A implantação da medida para adoção de uma placa padronizada já foi adiada seis vezes desde que foi anunciada em 2014, devido as disputas judiciais e adequação dos órgãos de trânsito, mas gradualmente, durante este ano serão implementadas.
Qual o novo padrão?
O novo sistema será baseado em códigos alfanuméricos, ou seja, combinações de letras e números, o que permite um maior número de padrões, cerca de 450 milhões.
Os sete caracteres da placa atual foram mantidos, porém a ordem dos mesmos foi alterada. As placas antigas continham três letras (L) e quatro números (N), por sua vez, a Placa Mercosul, terá quatro letras e três números.
Além disso, a sequência não será fixa, permitindo que as letras e os números sejam “embaralhadas”. Inclusive, os países do Mercosul que adotarem a placa poderão escolher a distribuição de maneira distinta.
Por exemplo, enquanto na Argentina a sequência tem sido LL NNN LL, no Brasil ela será inicialmente LLL NLNN para automóveis e LLL NN LN para motocicletas, como ilustra a imagem acima.
Apesar do novo sistema possuir uma nova combinação de letras e números, as dimensões da placa serão as mesmas: 40 cm de largura por 13 cm de altura.
Ainda assim, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) autorizou uma redução de até 15% no tamanho da placa desde que o QR Code e a bandeira do Brasil sejam preservados.
Também haverá modificações na cor de fundo que passará a ser totalmente branca. A mudança também vai ocorrer na cor da fonte para diferenciar o tipo de veículo: preta para veículos de passeio, vermelha para veículos comerciais, azul para carros oficiais, verde para veículos em teste, dourado para os automóveis diplomáticos e prateado para os veículos de colecionadores.
Como ficará a sequência da Placa Mercosul?
Ao trocar a placa antiga pela nova, um veículo já registrado verá o segundo número (da esquerda para a direita) ser substituído por uma letra de acordo com a tabela abaixo:
Como é | Como ficará |
0 | A |
1 | B |
2 | C |
3 | D |
4 | E |
5 | F |
6 | G |
7 | H |
8 | I |
9 | J |
Com isso, uma placa SLA 9175 se transforma em SLA 9B75, com o B substituindo o 1. Vale ressaltar que o proprietário não poderá mudar a sequência da placa do seu veículo na troca.
Como saber de qual cidade é o veículo?
Com o padrão atual, é fácil identificar o município e estado de origem de um automóvel, já que tais informações ficam logo acima das letras e números.
Entretanto, o novo padrão terá somente o país de registro do veículo, a identificação de estado e cidade aconteceria por meio de brasões oficiais na lateral direita.
Futuramente, será possível verificar essas informações utilizando o aplicativo ou acessando a página do Sinesp Cidadão.
Quem deve usar a Placa Mercosul?
Atualmente somente um grupo de veículos deve adotar a nova placa. São eles:
- Carros novos;
- Veículos que passaram por mudança de município;
- Veículos que trocaram de categoria (um táxi que vira um carro de passeio, por exemplo);
- Veículos cuja placa atual não foi aprovada em vistoria e/ou está ilegível ou danificada.
Quem quiser trocar a placa voluntariamente também pode fazê-lo, caso o Estado onde o veículo estiver registrado já tiver adotado o novo sistema.
O Denatran espera que, gradualmente, toda a frota circulante do país receba a nova placa nos próximos anos.
Atualmente, 10 estados já adotam o emplacamento: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rondônia. Paraguai e Venezuela também devem mudar suas placas.
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Novas placas serão mesmo obrigatórias?
Na última quarta feira (22), o Presidente da República compartilhou em seu Twitter, que a troca das placas só será obrigatória para veículos novos ou casos de furto ou danos, ou seja, as trocas não serão mais exigidas em casos de troca de município. Segundo as publicações, a adoção dessa medida pouparia R$ 2 bilhões por anos.
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Ana Clara Moreno
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