Nas últimas décadas, a expectativa de vida aumentou consideravelmente. E isso tem influência em uma série de setores. Um deles é exatamente o de seguros de vida. De acordo com especialistas da área, a longevidade tem impulsionado o setor, uma vez que as pessoas mais idosas tendem a pensar mais no bem estar da família.
Quem faz a afirmação é Alexandre Camillo, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP). Em visita a Bauru, sede regional da categoria, ele conversou com o JC e explicou que houve uma mudança na concepção. “Antigamente, o seguro de vida era visto de outra forma, porque ninguém queria pensar na morte. Hoje as pessoas vivem mais, vivem bem e encaram o tema com naturalidade”.
E o aumento na expectativa de vida também deve fazer com que as companhias de seguro mudem algumas práticas. “Em várias delas, há a limitação por idade para aceitação do segurado, em média, de 70 anos. Com a longevidade, é possível que isso seja revisto e postergado”, prevê.
INVESTIMENTO
Outra tendência relacionada à longevidade que deve chegar ao Brasil é a associação entre o seguro de vida e uma reserva financeira a ser desfrutada pelo próprio segurado.
“Hoje, o seguro de vida é muito mais garantidor de risco (em casos de morte, invalidez por acidente ou despesas médicas). Em breve, devemos ter acoplado a isso uma condição de formação de poupança, ou seja, haverá a garantia do risco propriamente dito e também um valor que possa ser sacado após um determinado período de contribuição”, prevê Camillo.
Pagam mais?
Outro senso comum é de que os idosos sempre vão pagar mais. “Não necessariamente”, garante Alexandre Camillo. Ele explica que, de fato, a idade tem um impacto no valor a ser pago pelo segurado, mas as corretoras avaliam também a exposição de risco e o perfil do cliente, levam ainda em conta as condições e os hábitos de saúde.
A relação entre preço e idade muda principalmente quando o seguro inclui proteção a acidentes. “O jovem tem uma exposição de risco diferente de uma pessoa de idade avançada; em contrapartida, imagina-se que tem uma condição de saúde melhor. É uma questão de avaliar os momentos”, pondera o presidente estadual do Sincor.
Outro ponto decisivo para definir o custo do seguro é o padrão de vida a ser deixado para os beneficiários. “Para fazer um seguro, a gente vê qual é a renda mensal e multiplica por 60 meses (cinco anos), prazo que os especialistas entendem ser necessário para que a família possa se reestruturar financeiramente com a falta súbita de um ente querido”, complementa Fernando Alvarez, diretor regional do Sincor em Bauru.
35 a 40 anos
De acordo com Alexandre Camillo, pessoas no auge da consolidação profissional, por volta dos 35 ou 40 anos, também estão buscando mais os seguros de vida. “Nesse caso, o mais apropriado é um seguro para acidentes pessoais com foco na invalidez, quando nem sempre a pessoa consegue ser provedora da família e de si própria, mas tem dependentes e possivelmente gere ainda mais despesas”, avalia.
“Nesse momento, o seguro de vida é fundamental, pois os sonhos estão em curso, a estrutura familiar está ainda em construção”, finaliza o presidente do Sincor São Paulo.
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