Cuidados na hora de contratar seguro viagem4 minutos de leitura

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O Globo

Para não correr riscos de estragar a viagem nas férias de julho, a contratação de um seguro viagem, principalmente para jornadas internacionais, pode ser essencial. Antes da compra, contudo, o consumidor deve observar atentamente as cláusulas do contrato e verificar o que está ou não incluído na cobertura, para evitar transtornos mais tarde em caso de imprevistos.

Nilton Dias, diretor comercial da Seguralta enumera alguns dos pontos que as coberturas básicas devem oferecer, como atendimento médico e odontológico, interrupção e cancelamento de viagem, acidentes pessoais, morte acidental, invalidez permanente parcial ou total por acidente e extravio de bagagens. Outro ponto importante diz respeito a imprevistos com saúde. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde o sistema é caro até mesmo para os americanos, existem hospitais que cobram cerca de US$ 2 mil em internações. Dias lembra ainda que o seguro viagem pode ser obrigatório, dependendo do destino.

Na Europa, Reino Unido, França, Irlanda, Alemanha, Espanha, Portugal, Grécia, Noruega, Holanda, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Hungria, Itália, Luxemburgo, Malta, Polônia, República Tcheca e Suécia, países que integram o Tratado de Schengen, exigem seguro viagem que cubra pelo menos € 30 mil para despesas médico-hospitalares. Cuba também exige seguro, enquanto a Austrália requer um seguro-saúde específico chamado Overseas Students Health Cover. Deve-se também considerar se o destino é um local que passa por situação endêmica. Para alguns países africanos, por exemplo, é necessário tomar vacinas.

Dias diz que a cada dia cresce a procura por seguro de viagem que prevê cobertura com despesas de saúde. Em caso de algum imprevisto, as empresas oferecem um serviço telefônico gratuito que presta todas as orientações, desde a unidade mais próxima apta a prestar o atendimento ou, se for o caso, até disponibilizando translado para o centro médico mais adequado para o caso.

Os preços de contratação vão variar conforme a extensão das coberturas. Segundo Dias, uma viagem do Brasil para o Reino Unido com quatro pessoas, por um período de 15 dias, pode ter um custo de R$ 700, com cobertura de R$ 200 mil por morte ou invalidez, R$ 30 mil em despesas médicas e US$ 500 de atendimento odontológico. Para viagens nesse período dentro do Brasil, o capital segurado seria de R$ 100 mil para um prêmio de R$ 260.

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) observa que o consumidor deve estar atento às especificações das coberturas oferecidas. No seguro viagem, por exemplo, a Circular 302/2005, em seu artigo 30, só regulamenta as coberturas no caso de morte e de invalidez permanente ou temporária. Os demais produtos que são ofertados ainda são tema de discussão e devem ter sua regulamentação definida em breve.

A diretora do Instituto Brasileiro de Proteção ao Passageiro Aéreo (Ibraer), Helem Francisquini, observa que há três tipos de produtos no mercado: o seguro viagem, o seguro saúde e o assistência à viagem, que diferem nas cláusulas contratuais. Enquanto o seguro viagem trabalha no sistema de reembolso, o de assistência de viagem opera com rede conveniada com limites de cobertura.

— Antes de decidir pela contratação do seguro viagem, o consumidor precisa ter bem definido o que ele espera da cobertura. Ele tem ainda a opção de não contratar o serviço diretamente na agência que vai vender o pacote, podendo solicitar o seguro diretamente com um corretor — diz Helem.

A diretora do Ibraer lembra que nem sempre os seguros mais baratos oferecem o melhor custo benefício. Segundo ela, algumas empresas trabalham com o sistema de franquia. Assim, se o viajante tiver uma emergência odontológica, por exemplo, que custe US$ 1 mil e a franquia for de US$ 400, ele terá que pagar o valor total no exterior e ser reembolsado em US$ 600 após o retorno ao Brasil.

Helem dá alguns conselhos na hora de contratar um seguro viagem. Além de ficar atento às coberturas oferecidas, é mais vantajoso escolher planos que não tenham franquia, assim como optar sempre que possível por assistência 24 horas em português. Por fim, ela lembra que qualquer despesa motivada por antecipação na viagem, que não seja motivada por força maior — como um problema meteorológico, por exemplo — pode não ser coberta pelo seguro.

— Se o viajante contratar um seguro viagem de oito dias para a Disney, pegar uma gripe forte e tiver que voltar antes do prazo, o seguro pode não ser pago caso aconteça algum imprevisto durante esse retorno.

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